Muitos encarnados,
independente de seguirem uma religião ou não, falam muito de sua fé, que ela é
inabalável, que ela é sua base e é seu combustível na luta do dia a dia, no
entanto, a maioria destas pessoas não enxergam que sua fé é sim abalável, que
nem sempre é sua base e nem sempre é seu combustível.
A Divina Ordem Natural
está sempre em curso, de forma ininterrupta e está sempre correta. Dizer que se
tem fé em Deus e ao mesmo tempo não aceitar o que ocorre contigo pelo fato de
doer ou ser, naquele momento, incompreensível, é paradoxal.
Se a fé é verdadeira,
por mais que um processo nos faça sentir dor, devemos manter acesa a chama da
fé e mantermo-nos de prontidão para a luta. Do contrário, não é fé plena.
Talvez não tenhamos
ainda preparação para compreender a Divina Ordem, porém, temos total preparação
para compreendermos, através de nossa fé, que TUDO o que acontece neste
planeta-escola, está correto e é necessário.
Quando um ser atinge a
compreensão da Divina Ordem, ele se ilumina.
Podemos citar Osho,
Ravi Shankar, Gandhi, Dalai Lama, Apolônio, Hórus, Esculápio, Lobsang Rampa,
Prem Baba, Satyaprem e etc. Estes homens, ao compreenderem a Divina
Ordem, atingiram o Grau Verdade, onde até mesmo o que nós julgamos como sendo
atrocidade, eles conseguiam ver ali a Divina Ordem sendo aplicada e não se
deixavam levar pela dor na carne, pois, haviam entendido que, sim, a dor
existe, mas que através dela, surge uma transmutação, um renascimento. TUDO o
que existe, está sob amparo Divino e possui equilíbrio. Por vezes, vemos apenas
o lado negativo de acontecimentos que ferem nosso Eu-Extremista, ou seja, nosso
lado Ego(eu em grego) + Ísta (Egoísta), que é um vício moral do encarnado (sem
generalizações). A Lei Divina aplicada não faz o mal, nem o bem. Ela é neutra
em Sua ação. A Lei apenas faz o correto.
Se faz necessário
também mencionarmos que a lei da colheita é imutável e pela Divina Ordem
Natural, ela é aplicável a todos, sem distinção. Quando a compreendemos, nos
iluminamos. E é a Fé Completa e Verdadeira que nos faz seguir em frente. A
ciência desta Ordem traz ascensão mental e espiritual. Esta compreensão é que
transforma a Fé num ato verdadeiramente Inabalável. É esta mesma compreensão
que serve de base, de alicerce para a luta do dia a dia na carne. É esta
compreensão que funciona como combustível para que nos mantenhamos firmes e
sempre em movimento pela estrada reta que a Ordem nos faz seguir.
Devemos ter a completa
compreensão e sabermos agir quando caímos pelo caminho. Do ponto de vista
apenas da vida na matéria, pode parecer longo e doloroso todo o processo
encarnado, porém, do ponto de vista cósmico, verdadeiro e imortal como é nosso
espírito, uma encarnação é como apenas um ano letivo, onde passamos por provas
e com afinco, somos aprovados em todas as matérias, mas também corremos o risco
de recuperação (novas oportunidades) ou de não aprovação (desequilíbrio sob
algo conquistado que nos faz regredir para recomeçarmos o mesmo
processo).
Estejamos então
focados, dentro da senda espiritual, a conquistarmos o desabrochar da fé
verdadeira. Que aprendamos que devemos auxiliar e respeitar o próximo em suas
escolhas e que só devemos adentrar no espaço alheio se tivermos autorização
para isso. Que possamos aprender, através do Amor Divino, todas as lições para
a transmutação mental e espiritual, fazendo-a refletir-se em nossa matéria. Que
possamos muito mais SER do que DIZER que somos.
Já diz o poeta:
“O homem que diz SOU,
não É!”
Que no silêncio
possamos encontrar a semente desta bela flor chamada Fé e que ela desabroche
verdadeiramente em nosso íntimo, branca, limpa, bela e repleta de força em seu
caule, para que sustente toda a beleza do Ser Puro e Sábio que, no íntimo,
todos somos.
A Fé Verdadeira somente
existe quando temos capacidade de compreendermos não só o Amor, mas também a
dor e, consequentemente, estaremos na mesma frequência do universo, o que nos
transcende e eleva e, ainda assim, devemos nos manter em pé, com força para
seguirmos na caminhada e com humildade para sempre clamarmos por auxílio divino.
Por Jefferson do Nascimento Nunes
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